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Visitas técnicas do Projeto Cerrado chegam a experiências com Bioinsumos em Rio Verde

O estudo e uso de Bioinsumos são de grande importância para obter produções agrícolas mais sustentáveis e resilientes, e esse aspecto dialoga com os objetivos do Projeto Cerrado no fortalecimento de cadeias produtivas. Nesse sentido, os pesquisadores do projeto aproveitaram a viagem a Rio Verde (GO) nos dias 20, 21 e 22 de maio, em virtude do I Fórum de Pesquisa e Inovação para o Desenvolvimento do Cerrado (FOPID), para visitar experiências de sucesso no trabalho com bioinsumos, tanto no setor público como no privado.




O Centro de Excelência em Bioinsumos (CEBIO) foi a primeira parada da visita realizada no dia 21, enfocada em entender mais sobre a iniciativa de produção dos insumos biológicos com apoio do estado e participação de diferentes instituições acadêmicas. A unidade visitada em Rio Verde é uma das 13 distribuídas estrategicamente em todo o estado de Goiás. Nela funciona um laboratório e uma biofábrica compactos, adaptados dentro de três contêineres integrados e equipados com todos os aparelhos necessários para a multiplicação biológica de microorganismos benéficos para o crescimento de plantas.



Quem apresentou toda a infraestrutura da biofábrica e os detalhes do projeto que impulsiona o CEBIO foi Edson Luiz Souchie, diretor do Centro. Capitaneado pelo Instituto Federal Goiano, o CEBIO é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás (Fapeg), e também conta com a participação das Universidades Federais de Goiás e de Catalão, e a Universidade Estadual de Goiás, além de parcerias diretas com várias empresas do setor privado da área de biológicos.


O projeto está na vanguarda das pesquisas com bioinsumos no Brasil, como explica Souchie: “Goiás foi o primeiro a estabelecer seu Programa Estadual de Bioinsumos, em 2021, apenas um ano após o lançamento do Programa Nacional de Bionsumos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. No entanto, fazemos pesquisa, inovação e extensão tecnológica nesta temática há muito mais tempo, desde a década de 90. O que ocorre agora é um impulsionar da pesquisa e inovação nessa área de bioinsumos, que é tão necessária e estratégica para o país”.


No mesmo dia, durante a tarde, o grupo de pesquisadores e participantes do FOPID foram conhecer outra iniciativa com bioinsumos, dessa vez do setor privado, na fazenda da empresa sucroalcooleira Usina Nova Gália. Conduzidos pela supervisora de laboratório da empresa, Elizabete Lourenço Pires, puderam visitar a sala de incubação onde fica armazenado o arroz utilizado como matéria prima, a biofábrica onde são produzidas as bactérias e fungos, e o laboratório de análise de qualidade dos bioinsumos.



Pires comentou a importância dessa estrutura e suas produções para a produtividade da empresa: “Com o trabalho desenvolvido aqui, reduzimos a quantidade de produtos químicos na lavoura, substituindo por bioinsumos que ajudam no crescimento e no controle de doenças na cana de açúcar, e melhoram a absorção de nutrientes pelas plantas”. Sobre a importância de compartilhar esse conhecimento com os pesquisadores do Projeto Cerrado, ela afirma: “É bom poder passar essa visão sobre os bioinsumos para que chegue até produtores. Para que eles tenham outras opções de mercado para redução da aplicação de químicos, substituindo por biológicos, que contribuem com diversos benefícios para as produções agrícolas”, conclui a supervisora.




Por Gabriella Avila

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