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Pesquisadores do Projeto Cerrado vão a campo conhecer experiências agrícolas sustentáveis produzidas no Campus Rio Verde do IF Goiano

Conhecer estudos e experiências que visam formas de fortalecimento das produções agrícolas no Cerrado é um dos pilares do Projeto Cerrado, e o I Fórum de Pesquisa e Inovação para o Desenvolvimento do Cerrado (FOPID) proporcionou isso aos pesquisadores da iniciativa. A programação do evento, que aconteceu em Rio Verde (GO), entre os dias 20 e 22 de maio, teve um dia todo voltado para visitas técnicas, e três dessas visitas ocorreram em áreas experimentais dentro do próprio Campus Rio Verde do Instituto Federal Goiano, onde o Fórum aconteceu.

Na manhã da terça feira, dia 21, o grupo de participantes do FOPID, composto por pesquisadores dos Institutos Federais de Goiás, Brasília e Goiano, e representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), visitou três experiências desenvolvidas neste campus.


A primeira delas foi com à Unidade Produtiva de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF), coordenada pelo professor de Zootecnia do IF Goiano, Thiago Paim. Foi ele quem recebeu os visitantes e apresentou o módulo rural, que possui seis hectares e simula uma propriedade leiteira. Paim apresentou em detalhes aos participantes como a área foi estruturada, e como são as dinâmicas de integração em diferentes épocas do ano. “Estamos trabalhando essa unidade desde 2022, e colocamos como componente Floresta o eucalipto e a teca, como componente Lavoura o milho para silagem, e no período seco do ano entramos com o pastejo de capim tamani e guandu para alimentação dos bovinos e caprino que mantemos aqui”, resumiu o professor.


Após essa primeira visita técnica, o grupo seguiu para uma unidade vizinha à de ILPF, onde opera, desde 2013, um experimento com árvores frutíferas nativas do cerrado e fixação biológica, conduzido pelo professor Paulo Dornelles, técnico em agropecuária formado no IF Goiano. Lá são cultivadas quatro espécies: pequi, mangaba, cagaita e baru; e avaliadas as melhores formas de manejo dessas árvores, a partir de testes com diferentes tipos de adubos, por exemplo. “O objetivo de estudar essas plantas nativas do Cerrado é trabalhar um resgate dessas espécies, que estão escassas e muitas pessoas guardam só na lembrança. Mas são frutos versáteis e com grande potencial comercial e cultural”, afirma Dornelles.



A última visita técnica realizada no Campus Rio Verde foi a uma unidade onde está sendo desenvolvido o projeto de doutorado de José Aurélio Rubio, com foco na recuperação de pastagens e nascentes e os benefícios ambientais deste processo. “Estamos tentando reflorestar toda essa área por meio de árvores nativas do Cerrado, avaliando a questão de armazenamento de carbono tanto no solo quanto nas espécies arbóreas. Pretendemos com isso mostrar a importância de se preservar as Áreas de Preservação Permanente e ao mesmo tempo gerar serviços ambientais que possam remunerar os produtores rurais futuramente”, disse Rubio, indicando os objetivos a médio e longo prazo do estudo.



Por Gabriella Avila

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